Quais são os Instrumentos do Jazz?
Tempo de leitura: 7 Minutos

Sou eu, o Max, o astronauta do mundo musical, e hoje, no dia Internacional do Jazz, eu vim até esse planeta só para te contar quais são os instrumentos desse estilo musical. 

Nascido do blues, na região de Nova Orleans (Estados Unidos) no final do século XIX, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz é isso. É o lugar onde os músicos tem liberdade de criação, de apresentação e de farra. É claro que o Jazz de hoje não é o mesmo de décadas atrás. Feito com instrumentos eletrônicos – samplers e sequenciadores – num cruzamento com o tecno e o drum’n bass. O Jazz mudou muito, mas sua essência não.

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Eu diria que são inúmeros. Afinal, o Jazz é algo tão mítico e fabuloso que pode englobar qualquer “coisa” em que se possa tirar música. Desde que se tenha swing e improvisação. 

Praticamente não há nenhum instrumento – poderíamos mesmo dizer: nenhum tipo de fonte sonora – que não tenha sido utilizado musicalmente no jazz por alguém. Vou citar os “tops”.

TOP 8 Instrumentos do Jazz: 

Bateria

A bateria sofreu uma transformação radical nos anos 40, pelas mãos de Sidney Catlett, Kenny Clarke e Max Roach. De um papel secundário, com função de simples marcadora de tempos, como acontecia no jazz tradicional e (com raras exceções) no swing, a bateria passou a dialogar com os outros instrumentos. O fraseado também se alterou, passando a incorporar batidas no contratempo e figuras rítmicas irregulares inseridas dentro do rítmico básico. A partir do hard bop, com Max Roach e Art Blakey, a bateria se tornou solista e mesmo líder de conjuntos. Encontramos grandes bateristas da atualidade desempenhando esse papel, como o saudoso Tony Williams, Billy Cobham e Jack DeJohnette. 

Contrabaixo

O contrabaixista é considerado, pela maior parte do público, ainda que inconscientemente, como sendo “aquele sujeito lá no fundo do palco”. Simpático, porém secundário. Muitos contrabaixistas já se queixaram dessa ideia pré-concebida. E, de fato, essa imagem está bastante longe da realidade no jazz moderno. 

O contrabaixo tocado dedilhado está na criação do Jazz. O contrabaixista em vez de simplesmente tocar as notas fundamentais dos acordes nos momentos exatos, descreve um fraseado contínuo, caprichoso, com subidas, descidas e saltos, sempre orbitando os centros tonais da música. Essa pulsação às vezes lembra o caminhar relaxado de uma pessoa, daí o termo walking bass. Para executar essa função, o contrabaixo dedilhado é infinitamente mais adequado do que o contrabaixo tocado em arco. Na verdade, o contrabaixo tem um papel importantíssimo no estabelecimento do swing da música, tanto quanto a bateria. Ele contribui para a maleabilidade, a elasticidade rítmica que caracteriza o swing. 

Guitarra

As seis cordas – celebradas por inúmeros escritores, poetas e pintores do Ocidente; herdeiras de uma grande tradição européia que remonta aos alaúdes da Renascença e às “guitarras” do Barroco; e, mais recentemente, companheiras de incontáveis bluesmen famosos ou anônimos da América do Norte – não poderiam faltar no jazz. A importância do violão e/ou da guitarra no jazz explica-se, em parte, porque esse instrumento está situado numa posição peculiar dentro do espectro sonoro: trata-se de um intermediário entre os instrumentos puramente melódicos – como os sopros e os metais – e os instrumentos harmônicos – como, por exemplo, o piano – os quais, embora possam solar, geralmente são usados para fornecer a base para os solos. Essa posição intermediária permite à guitarra transitar entre solo e acompanhamento com naturalidade.

A estrutura da guitarra varia muito no Jazz. Ela pode ter o corpo maciço, como na célebre Fender Stratocaster e suas descendentes (algumas de design bastante bizarro), onde o sinal elétrico é gerado diretamente pelo movimento da corda metálica dentro do campo magnético do captadores. Ou pode ter o corpo oco, como na igualmente célebre Gibson ES-5 e suas derivadas, acrescentando às vibrações diretas da corda também um complexo padrão de realimentação acústica e vibração por simpatia, que altera os modos de vibração recebidos pelo captador, e portanto o timbre resultante. Em geral, as guitarras semi-acústicas são deixadas sem distorção, com o timbre mais puro, e são preferidas pelos guitarristas de jazz mais tradicionais, enquanto que as maciças têm a preferência dos guitarristas de fusion, que lhes conectam uma variedade de distorcedores, efeitos e pedais.

Piano

Na música clássica, o piano é um instrumento quase onipresente – para satisfação de uns e irritação de outros. E no jazz não é diferente. Isso se dá mais ou menos pela mesma razão que na música clássica: o piano (como os instrumentos de teclado de modo geral) é o instrumento que possui a maior capacidade de tocar múltiplas linhas simultaneamente. Essa onipresença do piano se dá a despeito de o trompete e o sax estarem, no inconsciente coletivo, talvez mais fortemente associados ao jazz do que o piano. O piano sempre se beneficiou de um fluxo constante de novos talentos, em todos os períodos do jazz, desde o autoproclamado “inventor” do jazz, Jelly Roll Morton, até os vanguardistas radicais como Cecil Taylor e os versáteis virtuoses modernos como Chick Corea.

Sax Alto

A história do sax alto como instrumento de destaque dentro do jazz começa com alguns músicos que tocaram nas orquestras de swing a partir dos anos 30: Johnnny Hodges (da orquestra de Duke Ellington), Benny Carter (ele mesmo também bandleader) e Willie Smith. Nos anos 40 a história do sax alto (e talvez até mesmo do próprio jazz) se precipita sobre Charlie Parker. A sua sonoridade agressiva, seu fraseado imprevisível, sua capacidade inesgotável de improvisação, o lugar que ocupa dentro da estética do jazz como pai do bebop, até mesmo a sua biografia trágica, tudo isso o transforma numa figura de dimensões míticas. É difícil contabilizar o imenso número de saxaltistas e mesmo saxtenoristas que foram influenciados por Bird – isso não apenas nos anos 40, mas também décadas depois.

Sax Tenor

Há quem diga que o jazz moderno está “saxtenorizado”. De fato, os instrumentistas que mais gravaram nas duas últimas décadas provavelmente são os saxtenoristas, ocupando o lugar que já foi dos trompetistas. Essa proeminência se deve, em grande parte, à atração que o jazz fusion tem pelo tenor da família de instrumentos inventados pelo belga Adolphe Sax. Um conjunto típico de jazz fusion na atualidade se compõe de sax tenor (ou soprano) + teclados (em geral eletrônicos) + guitarra + contrabaixo elétrico + bateria (e percussão). No entanto, o sax tenor tem uma rica história que antecede em muito os modismos recentes, e que remonta a mestres como Coleman Hawkins e Lester Young. O sax tenor não esteve sempre associado, como ocorreu até recentemente, a um som “nervoso” e áspero, a la Gato Barbieri. Ao contrário, no swing e no cool, a “voz” que os solistas davam ao instrumento era geralmente redonda, suave, bem colocada. Outros tempos. Felizmente, mesmo durante a fase dos “angry tenors” (os “tenores zangados”), continuaram existindo alguns mestres que primavam pela qualidade do som, como Sonny Rollins, e hoje em dia voltamos a ter saxtenoristas de som extraordinariamente limpo e nítido, como o jovem Joshua Redman.

Trompete

Embora o trompete tenha, em certo sentido, perdido, durante os anos 80 e 90, a primazia histórica de que sempre desfrutou ao longo de décadas entre os instrumentos mais aclamados do jazz, ele tem experimentado um renascimento recente. Se o domínio do sax tenor esteve associado à popularização do jazz fusion, o renascimento do trompete tem a ver com a retomada das raízes e formas clássicas e a emergência do latin jazz. Durante muito tempo, as vozes principais das grandes correntes estilísticas do jazz foram os trompetistas: basta lembrar de Louis Armstrong no estilo tradicional de Chicago e no swing, Dizzy Gillespie no bebop, Chet Baker no cool, e Miles Davis no cool e no jazz-rock. Depois de Miles, Freddie Hubbard permaneceu quase solitário como o grande nome do trompete nos anos 70 e 80.

Voz

Como lembra Joachim Ernst Berendt, em seu livro O Jazz – Do Rag ao Rock, o jazz nasceu da música vocal. Porém tornou-se, ao longo das décadas, uma música instrumental por excelência, fazendo com que também a voz se tornasse um instrumento, e que os vocalistas passassem a cantar de maneira semelhante a um trompete, um trombone ou um saxofone. Berendt resume a dialética do canto no jazz por meio da seguinte fórmula: todo o jazz vem da música cantada e todo o canto vem da música instrumental.

Apresentei neste artigo alguns dos instrumentos utilizados no jazz. A lista está longe de ser completa. Mas é um grande orgulho falar sobre esses instrumentos que compõem o Jazz. 

Gostou de conhecer um pouquinho mais da história e dos que compõem esse estilo musical? Então fica esperto que logo chego com mais curiosidades como esta… 

Fonte: www.ejazz.com.br

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6 comentários sobre “Quais são os Instrumentos do Jazz?

  1. amo jazz e estou aprendendo a tocar saxofone, no entanto, qual seria o melhor saxofone para tocar jazz? ( sax alto ou sax tenor)?

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