Bongô é um dos mais famosos integrantes dos Membranofones, é um Instrumento Musical de Percussão, do qual, o cidadão que o toca chamamos de bongocerro, ou tocador de Bongô mesmo. Basicamente, ele é composto por dois pequenos tambores geminados, unidos entre si, percutido com os dedos.
Os Primórdios
Ninguém sabe ao certo onde os dois baixinhos, que chamamos de Bongô, surgiram. Tambores semelhantes já foram vistos no Egito antigo, no oriente médio, onde aliás, são conhecidos por “Marwas” e em Marrocos onde são chamados de “Tbila”. E tem ainda as Tablas, instrumentos Indianos, que são tipo uns primos distantes de nossos referidos Bongôs.
Já em sua forma moderna, a origem do Bongô “de hoje” é datada do século XIX, na província de Oriente, Cuba. Era um instrumento muito utilizado pelos grupos de Son e Changui, estilos musicais oriundos da fusão da música africana com a música espanhola, que deram origem ao grupo de ritmos conhecido hoje como Salsa. Seu uso por estes tornou-se menos significativo na década de 1940, quando as Tumbadoras foram introduzidas nas orquestras de baile.
Porém, nesta mesma época, o bongô começou a ser utilizado como o símbolo para os novos ritmos que surgiam. Seu tamanho e seu preço acessível fizeram do bongô uma moda, tanco como instrumento musical, como souvenir. Um famoso bongocerro que ajudou na construção deste sucesso comercial foi Jack Costanzo, conhecido como Mr. Bongo, ao acompanhar Nat King Cole. Outros grandes nomes deste instrumento, e que devem ser tomados ccomo referência, são: Ray Romero, Armando Peraza, Willie Rodriguez, Ray Barreto, Patato Valdez, Manny Oquendo e Mongo Santamaría. Inclusive, após exalstivas horas de busca no Youtube, encontramos um vídeo com o Mr. Bongo “detonado” um Bongô, confira abaixo!
Construção
Os Bongôs, em geral abertos na extremidade oposta da pele e o corpo é geralmente cônico e constituído de várias peças de madeira encaixadas e presas por um ou mais anéis metálicos, numa construção semelhante a um barril. Encontram-se também menos frequentemente, bongôs que são feitos de uma única peça de madeira escavada ou de meia seção de um coco ou cabaça.
Um dos tambores tem um diâmetro um pouco maior do que o outro. Embora não tenham altura definida, a tensão da pele pode ser ajustada para obter a faixa de timbres desejados. A diferença de tamanho faz com que um dos tambores seja mais grave do que o outro. O tambor maior e mais grave é chamado de hembra (fêmea em espanhol) e o menor e mais agudo é o macho. O macho tem em média um diâmetro de 6 a 6½” (15 a 16 cm), enquanto a hembra possui este valor em torno de 7½ a 8″ (cerca de 20 cm). A pele utilizada pode ser de gado, cabra ou mula. Em Cuba, é possível encontrar o uso de filmes de raio-X como pele para os Machos. Antigamente, a pele era pregada ao casco. Hoje, o sistema de afinação é feito através de aros de metal e parafusos.
Tocando o Bongô
Durante a execução, os bongôs são colocados em um suporte com altura ajustada para que o percussionista possa tocá-lo de pé. Também é possível tocá-lo sobre o colo, ou preso entre as pernas, com cuidado para que as aberturas não sejam bloqueadas. O bongô é tocado por percussão da pele com as mãos. Sons diferentes podem ser obtidos se a pele for golpeada no centro ou na beirada e também há variações de acordo com a parte da mão utilizada. A ponta dos dedos proporciona um som mais brilhante enquanto que a palma gera um timbre abafado. Efeitos adicionais podem ser obtidas se uma das mãos for usada para pressionar a pele de um dos tambores enquanto a outra é usada para bater. Isso permite variar a altura obtida pela mesma pele. Geralmente os dois tambores são tocados simultaneamente, um sendo usado para os baixos e o outro para as notas agudas, proporcionando células rítmicas bastante rápidas e complexas.
Os bongô são utilizados principalmente na música do caribe, tal como a rumba, salsa, merengue. Nestes ritmos normalmente é tocado junto com congas e tumbadoras. O padrão básico do bongô é o chamado martillo (Martelo) que marca o primeiro e terceiro tempos sobre o macho e o quarto tempo sobre a hembra. As mãos se alternam, a direita marca os tempos e a esquerda preenche os espaços com variações rítmicas que permitem executar variações bastante criativas sem nunca deixar o papel de sustentação de ritmo.
Em uma orquestra tradicional, o bongocerro possui duas funções. Durante a introdução, os versos e os oslos de dinâmica baixa, ele toca o bongô. Quando a música cresce, pelo fato do bongô ser um instrumento de volume sonoro inferior aos outros, o bongocerro troca de instrumento, passando a tocar a Campana (uma espécie de cow-bell, em espanhol cencerro).
Bem, e agora que você já conheceu um pouco mais sobre o Bongô. Não deixe de conferir os Bongôs que possuímos em nossa loja virtual, CLIQUE E CONFIRA!
Astronauta Max
Um astronauta multi-instrumentista que busca conhecimento pelas galáxias! Sou o seu parceiro na sua busca pelo equipamento ideal, além de estar sempre de olho nas novidades e das curiosidades desse universo tão grande! Conte comigo!
O que eu sei é que esse sujeitinho aí acompanhado de um violão bem tocado, com repertório bem escolhido, sozinhos já fazem um som muito legal.