Quando chega a hora de trocar o encordoamento do seu instrumento sempre bate uma dúvida de qual a melhor opção. Além das marcas e calibres, também existe o desafio de escolher entre os diversos tipos de revestimento. Para acabar com essa dúvida, pesquisei bastante e para te ajudar na escolha.
Sumário
Tipos de Construção das cordas
Partindo de dentro para fora, o formato da corda influencia bastante na sonoridade. Sendo assim, vamos observar o perfil de cada corda:
Roundwound
São as cordas tradicionais que conhecemos, com a maior versatilidade de uso. Sua construção permite um maior número de harmônicos com foco nos sons médios e agudos, desse modo tem alta compatibilidade com distorções, sendo o tipo de corda mais usado no mundo.
Sabe aquele som rasgado que aparece quando colocamos a palheta de lado e passamos por toda a escala? Isso só acontece nas cordas Roundwound!
Flatwound
São cordas planas e lisas. Essa característica permite um som um pouco mais abafado com foco nos médios-graves. Alguns guitarristas utilizam das Flatwound para Jazz, Blues e até MPB. Contudo, no contrabaixo vemos uma sonoridade bastante interessante, como podemos ver no vídeo a seguir.
Além desses dois tipos, existe ainda um universo de construções diferentes, mas todas elas derivadas dos que conversamos por aqui, variando bastante de marca para marca.
Materiais e revestimentos
Agora que já percebemos a diferença entre as formas de construção, vamos entender um pouco da diferença dos materiais e seus impactos na sonoridade.
Cordas de Aço
As cordas de puro aço são o princípio da nossa análise. São cordas feitas com aço e uma liga de estanho, que ajuda a conferir mais flexibilidade à corda, sendo assim é possível esticá-la o suficiente para atingir as tensões necessárias para tocar.
Desse modo, a corda de aço não tem qualquer revestimento focado em sonoridade ou durabilidade, compondo assim as opções de menor custo do mercado.
Níquel
As cordas de níquel ou revestidas em níquel tem duas funções principais: durabilidade e imantação.
O revestimento de níquel nas cordas de aço são vantagem pois não deixam o aço exposto, ajudando a preservar de processos de ferrugem. O níquel também tem função magnética, sendo boa opção para instrumentos como guitarras e baixos que trabalham com captadores, que usam o magnetismo para produzir som.
Segundo algumas fontes, as cordas de níquel puro eram a única opção até meados dos anos 80 e podem ser encontradas até hoje em linhas tipo vintage, mas as cordas de aço revestidas em níquel ganham vantagem em uma sonoridade mais agradável, com mais médios e agudos.
Titânio
Ainda que o revestimento seja em níquel, o centro da corda na maioria das vezes será de aço carbono. Pensando nisso, algumas marcas arriscaram testar um fio central de titânio, com o objetivo de evitar quebras de corda. Contudo, o titânio é um metal nobre que pode não trazer uma boa relação de custo/benefício na opção desse tipo de cordas.
Cordas com nanorevestimento
O grande desafio dos nanorevestimentos é a manutenção do timbre. Até agora vimos cordas com diferentes revestimentos, mas todos em metal. Sendo assim, os timbres podem ter alguma variedade, mas nada que sacrifiquem a sonoridade por completo.
Os nanorevestimentos podem amplificar em muito a durabilidade, mas alguns acabam deixando os timbres mais mornos e fazendo com que as cordas percam suas características principais.
Até o momento a maioria das marcas que conhecemos já se arriscaram em cordas revestidas, mas sempre levantam diferentes opiniões na real durabilidade e sonoridade.
A Elixir saiu na frente e se tornou referência em durabilidade, mas o seu custo acabou dando brecha para que as demais marcas pudessem inovar em um preço mais acessível.
Desta forma, a D’addario, Ernie Ball, Fender, GHS e diversas outras acabaram criando linhas que funcionam como alternativas. São cordas revestidas de níquel, aço carbono e várias outras combinações com o diferencial do revestimento.
Cada tratamento de revestimento segue uma receita única da marca. Sendo assim, o desafio e a competitividade pela corda perfeita aumenta muito.
Recentemente, a SG também se arriscou no universo das cordas revestidas e criou a linha COATED, com nanorevestimento focado em alta durabilidade.
A SG é uma marca brasileira, portanto para nós o custo/benefício é muito interessante. Sendo talvez a alternativa mais atraente do mercado nessa faixa de preço.
Menção honrosa: cordas coloridas
Sob o pretexto de criar um novo material durável, a DR Strings arriscou em nanorevestimentos com cores bem aparentes. O resultado foram encordoamentos com visuais bastante únicos, mas que tem um custo bem elevado. Aí vai de gosto. A linha promete boa sonoridade mas o que realmente chama atenção é a estética única, principalmente na linha Neon.
Concluindo
Agora que você já viu tudo sobre os tipos de cordas e revestimentos, cabe a você decidir qual tipo se encaixaria melhor em seus captadores para o melhor timbre possível.
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Astronauta Max
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